A poucos anos atrás num passado não tão distante, poderíamos afirmar que a menor distância entre um ouvinte do outro lado do mundo e uma emissora eram as ondas curtas. Não importava até então a qualidade do som, as oscilações ionosféricas ou o horário possível da recepção. Ele estava lá buscando atento ao sinal de som e a identificação do prefixo da emissora. Ganhou assim a denominação de Dexista. (D=distância X=incógnita). A partir da década de 90 surgiram os satélites e com eles a possibilidade de comunicações mais estáveis e de qualidade. (DAB=Digital Áudio Broadcasting) Mas foi no chão que aconteceu o milagre do áudio comprimido para essas transmissões e aí o software passou a ser a vedete das transmissões radiofônicas numa coisa chamada internet. O fenômeno começou enchendo de novidades as mentes visionárias que foram entre erros e acertos apostando em ideias com o objetivo de acompanhar e divulgar na internet o rádio como web.

Em Setembro de 95 a Rádio Dallas nos EUA, a Radio Itatiaia em 96 por aqui, depois outras surgiram rapidamente e o RealAudio Player ficou popular para sintonizar as emissoras com RadioServer e o RealProducer.

Ainda não era o Ideal, mas tinha um gostinho de novidade e era muito melhor que as ondas curtas, médias e até FM. No entanto pedia exclusividade no computador, não podia abrir muitas páginas que o sinal era interrompido.

Aprendia-se rapidamente a lidar com os buffers e que os sinais vinham em pequenos pacotes pela internet.

O nome streaming ficou popular a partir de 2010 e passou a se referir à tecnologia que envia informações multimídia por meio de transferência continua de dados usando redes de computadores.

Assim surgiu a Rádio do Futuro. Em abril de 2018 um grupo de amigos depois de algumas decepções profissionais, decidiu que estava na hora de experimentar esse caminho. Somando experiências em tecnologia Júlio César (SDIT) convidou Manoel Calaça (Caikron) para apoiar um projeto pensado junto a Eriberto Carvalho que após 32 anos de Rádio Aparecida, deu inicio a um novo ciclo em sua vida profissional. 

Os primeiros testes começaram e faltava um nome para a emissora. Gisele Fabiano que foi colega de trabalho de Eriberto Carvalho na Rádio Aparecida, hoje está no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, sugeriu que a emissora fosse chamada de “Rádio do Futuro” por se tratar de algo novo e atuante dentro da internet. A proposta foi muito ousada, mas todos aceitaram e assim acontecia a materialização do projeto.

Hoje a Rádio do Futuro segue a tendência proporcionada por essa tecnologia buscando integrar ouvintes e leitores ajustando seu site e possibilitando num “clic” complementar a proximidade com seu público criando uma programação segmentada e adaptável para a coexistência com as novas tecnologias de comunicação.

Num futuro não muito distante deste estaremos transformando nossas transmissões num Rádio Visual onde o ouvinte poderá se integrar ainda mais na quarta mídia.(1* Jornal, 2* Rádio, 3* TV, 4* Internet)

Portanto a Rádio do Futuro vai continuar propondo a remoção das barreiras da distância entre as pessoas, a democratização da informação, a horizontalização entre emissora e ouvinte, a convergência de mídias, o apoio à língua nacional à cultura e à ética.

No presente vislumbramos o futuro construindo os relacionamentos que vencerão o tempo.

Rádio do Futuro para quem gosta de ouvir Rádio!

Eriberto Carvalho